1. |
Balada de Coimbra
04:14
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Já branca lua alveja a terra
Já negra serra tem alva cor
E pelo Mondego ouvem-se apenas
Trovas serenas festas d`amor.
Tristes, bem tristes nossas canções
São ilusões da mocidade
São os queixumes dum peito triste
Peito onde existe uma saudade.
Porém que importa saudade infinita
A noite é linda lindo o luar
Cantai rapazes às raparigas
Ternas cantigas a suspirar.
Os nossos cantos puros singelos
São os anelos duma ilusão
Os nossos cantos vão ecoando
Ao sopro brando da viração.
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2. |
Asas Brancas
02:47
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Quando era pequenino a desventura
Trazia-me saudoso e triste o rosto,
Assim como quem sofre algum desgosto,
Assim como quem chora de amargura.
Um anjo de asas brancas muito finas,
Sabendo-me infeliz mas inocente,
Cedeu-me as suas asas pequeninas,
Para me ver voar e ser contente.
E as asas de criança, meu tesoiro,
Ao ver-me assim tão triste, iam ao céu...
Tão brandas, tão macias - penas de oiro -
Tão leves como a aragem... como eu!
Cresci. Cresceram culpas juntamente,
Já grandes são as mágoas mais pequenas!
As asas brancas vão-se... e ficam penas!
Não masis voei ao céu nem fui contente
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3. |
Variações em Mi Menor
03:55
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4. |
Canção das Lágrimas
03:15
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Lágrimas que a gente chora
E sufocam nossos ais
Lágrimas que a gente chora
E sufocam nossos ais
Deixai-as lá ir embora
Que elas vão, não voltem mais
Deixai-as lá ir embora
Que elas vão, não voltem mais
De tantos beijos que demos
Tu me deste e eu te dei
Tanto trocamos as bocas
Que eu nem da minha já sei
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5. |
Fado da Despedida
02:53
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Quando passas nos meus olhos
Nunca és o que eu sonhei
Quando passas nos meus olhos
Nunca és o que eu sonhei
Se és vida nunca vivi
Se és amor nunca te amei
Se és vida nunca vivi
Se és amor nunca te amei
Não podes negar-me um beijo
Senhora da minha vida
Não podes negar-me um beijo
Senhora da minha vida
Nunca se nega uma esmola
A uma alma perdida
Nunca se nega uma esmola
A uma alma perdida
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6. |
Os Teus Olhos
03:09
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Os teus olhos não são teus
São duas avé-marias
Num rosário de amargura
Que eu rezo todos os sidas
Os teus olhos não são teus
Desde o dia em que te vi
Os teus olhos são os meus
Que os meus cegaram por ti
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7. |
Menino d'Oiro
03:17
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O meu menino é d'oiro
É de oiro fino
Não façam caso que é pequenino
O meu menino é d'oiro
D'oiro fagueiro
Hei-de levá-lo no meu veleiro.
Venham aves do céu
Pousar de mansinho
Por sobre os ombros do meu menino
Do meu menino, do meu menino
Venha comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino no meu trenó.
Quantos sonhos ligeiros
pra teu sossego
Menino avaro não tenhas medo
Onde fores no teu sonho
Quero ir contigo
Menino de oiro sou teu amigo
Venham altas montanhas
Ventos do mar
Que o meu menino
Nasceu pra amar
Venha comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino no meu trenó.
O meu menino é d'oiro
É d'oiro é de oiro fino ....
Venham altas montanhas
Ventos do mar ....
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8. |
Canção de Embalar
04:34
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Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será p'ra ti
Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar
Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor
Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme qu'inda a noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer
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9. |
Balada da Moleirinha
03:23
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Ai que lindos olhos tem (bis)
(Ai) A filha da moleirinha (bis);
(Ai) Mal empregada é ela (bis)
(Ai) Andar ao pó da farinha (bis)
(Ai) Andar ao pó da farinha.
Andar ao pó da farinha,
(Ai) Andar ao frio da geada;
(Ai) Mal empregada é ela,
(Ai) Há-de ser a minha amada.
(Ai) Há-de ser a minha amada.
Há-de ser a minha amada,
(Ai) Há-de ser o meu amor;
(Ai) Mal empregada é ela
(Ai) Andar de dia ao calor.
(Ai) Há-de ser o meu amor.
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10. |
Rapsódia Algarvia
01:41
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11. |
Triste Viuvinha
02:01
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12. |
Aquela Janela
03:07
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A janela onde assomaste
Chorando por quem partiu
Deixa pensar que a fechaste
E sem mim não mais se abriu
E se o tentaste algum dia
Crendio que eu ia voltar
Vendo-me gasto, a curvar
Para sempre a fecharias
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13. |
Coimbra Adeus e Noite
03:32
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A noite é mel de estrelas
É fumo é incenso
No mar dos teus olhos
Eu digo o mar imenso
O cisne que era negro
É noite de luar
A onda é de ternura
E afaga no meu peito
Esta dor é tão grande
Não partas ainda flor
Só o vento maldito
Só ele foge do amor
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Praxis Nova Coimbra, Portugal
Surgiu em 1987 fruto das escolas da Secção de Fado da AAC.
Participou: em Serenatas Monumentais e Saraus da Queimas
das Fitas e Receção ao Caloiro, Concertos na Alemanha Hungria Suíça Finlândia Holanda Brasil Marrocos França Japão Austrália e Timor
Formação actual:
Guitarra de Coimbra: José Rabaça, violas: Luís Carlos Santos e Carlos Costa; Vozes:
Luís Alcoforado e Fernando Silva.
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